Campinas adota ‘bandeiras’ para alertar sobre racionamento de água

brasil

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE CAMPINAS

A Sanasa, empresa de saneamento de Campinas, no interior de São Paulo, está usando um sistema de “bandeiras” para indicar as condições de abastecimento de água no município.

A cor vermelha vai apontar racionamento. Ela será usada sempre quando não for possível captar água do rio Atibaia, seja em função do baixo nível do manancial seja pela qualidade da água.

Nessas condições, o município poderá registrar falta de água em alguns bairros e será dado início a uma operação por rodízio. A Sanasa vai informar os bairros e regiões que serão afetados pelo corte.

A bandeira amarela vai significar alerta, antecipando a possível entrada em racionamento, enquanto a verde indica que a população pode utilizar água normalmente, mas de forma consciente.

Em outubro do ano passado, durante a seca, os moradores ficaram dez dias sem água por causa da queda na qualidade do rio, que atende a 95% do município, de 1,1 milhão de habitantes.

Apesar disso, a Sanasa garante que será pouco provável recorrer à bandeira vermelha neste ano porque as condições estão melhores em relação a 2014. A empresa pode captar até 4.500 litros por segundo do rio.

Luz verde, que indica abastecimento de água normalizado, projetada em reservatório de Campinas (SP) - Crédito: Divulgação/Sanasa
Luz verde, que indica abastecimento de água normalizado, projetada em reservatório de Campinas (SP) – Crédito: Divulgação/Sanasa

A bandeira será informada diariamente nas rádios locais e no próprio site da empresa, e às terças e quintas-feiras nos jornais. Nesta quinta (16), a bandeira está verde.

A Sanasa também mudou a iluminação noturna dos seus reservatórios para indicar as condições de saneamento. Eles ficarão vermelhos, amarelos ou verdes sempre que a condição exigir.

MINAS

Ao mesmo tempo que adotou o sistema de bandeiras, a prefeitura também instalou placas de alerta em 11 minas de água (nascentes) consideradas impróprias para o consumo, entre o total de 712 minas no perímetro urbano.

De acordo com a direção da Vigilância em Saúde municipal, as nascentes costumam ser confundidas com água mineral, mas, após o contato com a superfície, podem ficar contaminadas.

Exames apontaram que as 11 minas não atendem aos padrões de potabilidade previstos na legislação. O mapeamento das fontes de água foi feito por meio do Programa Municipal de Vigilância em Qualidade da Água.

No ano passado, durante o racionamento, os moradores da cidade recorreram às minas e até a outros municípios da região para buscarem água.