No vermelho: os dez maiores rombos nas campanhas estaduais
FELIPE BÄCHTOLD, DE PORTO ALEGRE
Um quarto dos candidatos a governador pelo país está com as contas da campanha eleitoral no vermelho. São candidaturas que declararam despesas mais altas do que a arrecadação nos dois primeiros meses da disputa, conforme dados informados ao TSE na semana passada.
Em dezenas de casos, a diferença chega a ser milionária. Não por coincidência, os maiores déficits são de candidatos que não estão na frente das pesquisas. Empresas e doadores costumam favorecer quem possui maior chance de chegar ao poder.
Em São Paulo, o petista Alexandre Padilha tem o maior saldo negativo do país, com R$ 35 milhões já declarados com despesas e apenas R$ 4,1 milhões arrecadados.
A coordenação de campanha dele afirma que computou como despesa feita a previsão de gastos com contratos já firmados. A maior despesa declarada do petista foi com uma produtora de TV e rádio –R$ 25 milhões.
Em Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) já gastou R$ 8 milhões acima do que arrecadou. O potiguar Robinson Faria (PSD) teve despesas de R$ 7,7 milhões e doações somadas de R$ 1,6 milhão.
Na Paraíba, as contas do tucano Cássio Cunha Lima estão no vermelho apesar de ele ter aparecido na liderança no mais recente levantamento do Ibope –o saldo negativo é de R$ 4,2 milhões. Mas seus dois principais rivais, o governador Ricardo Coutinho (PSB) e Vital do Rêgo (PMDB), estão em situação semelhante.
Os maiores rombos:
1) Alexandre Padilha (PT-SP): R$ 30,8 milhões acima da arrecadação
2) Reinaldo Azambuja (PSDB-MS): R$ 8 milhões
3) Robinson Faria (PSD-RN): R$ 6,1 milhões
4) Eduardo Amorim (PSC-SE): R$ 4,3 milhões
5) Cássio Cunha Lima (PSDB-PB): R$ 4,2 milhões
6) Ricardo Coutinho (PSB-PB): R$ 4,2 milhões
7) Vital do Rêgo (PMDB-PB): R$ 3,6 milhões
8) José Melo (PROS-AM): R$ 3,5 milhões
9) Gleisi Hoffmann (PT-PR): R$ 2,9 milhões
10) Eduardo Braga (PMDB-AM): R$ 2,9 milhões
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