Conheça dez propagandas ‘diferentes’ do horário eleitoral pelo país

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O início, nesta semana, da propaganda política de TV e rádio representa, na prática, a largada da campanha eleitoral.

E traz também de volta ao palco da democracia brasileira nomes que apostam no humor, na chacota ou até nos dons musicais do candidato para ganhar o voto do eleitor.

Confira abaixo algumas candidaturas e estratégias “diferentes” que foram ao ar pelo país nesta primeira semana de horário político das eleições de 2014.

No Rio Grande do Sul, em pleno horário destinado aos candidatos a governador, o figurino foi o aspecto mais marcante no espaço de uma das coligações.

O candidato Estivalete, do PRTB, apareceu com roupas típicas do Estado, chapéu e chimarrão. Em julho, ele foi a um debate em Porto Alegre de cavalo para mostrar sua veia tradicionalista.

No espaço para candidatos a deputado estadual, o fenômeno Tiririca, campeão nacional de votos em 2010, parece ter feito escola.

O candidato Mortadela, do PR, mesmo partido do congressista de São Paulo, apareceu vestido de palhaço cantando seu jingle de campanha.

No vídeo de 12 segundos, ele ainda teve tempo de se exibir sem fantasia para dizer “agora é sério” e citar seu número na urna.

Com mais de 700 concorrentes ao cargo no Estado, alguns candidatos resumem ao máximo sua mensagem no vídeo.

Um candidato do PT do B teve tempo apenas de manifestar seu slogan de campanha: “Carro baixo não é crime”.

Quem também teve poucos segundos de aparição foi uma ex-miss que concorre pelo PMDB, que fez questão de lembrar seu título.

“Eu quero mudança. E você? Junte-se a nós. Gabriela Miss Brasil”, diz a jovem, em apenas cinco segundos.

O principal jingle do candidato ao governo do Paraná, Roberto Requião (PMDB), é baseado no vídeo “Tacalepau” (aquele que se tornou viral na internet e mostra um menino catarinense descendo uma ladeira com um carrinho de rolimã, gritando de empolgação).

Numa música gauchesca, o cantor conclama: “Tacalepau, Requião véio”, e ainda afirma que o candidato vai “descer o pau na corrupção”.

O candidato a deputado estadual pelo Paraná Batista de Pilar (PT), que é poeta, declamou uma poesia em pleno horário eleitoral e encerrou com um slogan diferente: “Batista de Pilar, o bonitinho da mamãe”.

O PSOL do Paraná não exibiu um candidato sequer, tanto no programa de governador como no de deputados.

Optou por uma montagem com ruídos de estática, como se tivesse havido uma pane de transmissão, em que aparecem frases como “Falsa publicidade não nos representa” e o número do partido. Segundo o PSOL, é uma denúncia contra a “marquetocracia”.

No Ceará aparecem candidatos a Assembleia como Me Ajuda Ai (PSC) e Katiroba (PTC). O primeiro, apelido do contador Raimundo Vieira de Araujo, 44, pede voto e termina gritando sua alcunha em forma de súplica.

Katiroba, ou Maria Nazareth da Luz, 39, aposta no apelido, que no Estado significa mulher feia.

O deputado federal Domingos Neto, 26, que nas últimas eleições foi o mais votado no Ceará, resolveu cantar e tocar guitarra no próprio jingle. Aparece cantando um forró em estúdio.

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