Saiba quais são os oito governadores que ficaram ‘mais pobres’ no mandato
DIÓGENES CAMPANHA, DE SÃO PAULO
Ser governador não parece ser um bom negócio, pelo menos para as finanças pessoais de oito políticos que tentarão continuar no comando de seus Estados nas eleições deste ano.
Candidatos à reeleição, eles informaram à Justiça Eleitoral que seu patrimônio diminuiu nos últimos quatro anos.
O empobrecimento dos oito governadores, somado, é de R$ 3,2 milhões em relação ao que foi declarado por eles em 2010.
Por exemplo: o mandatário de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), disse ter bens avaliados em R$ 8,5 milhões quando disputou a última eleição estadual. Neste ano, declarou um patrimônio de R$ 6,5 milhões.
Segundo sua assessoria, o governador de RO é dono de dois hospitais, e a redução de R$ 2 milhões se deve ao fato de ele ter parado de trabalhar como médico durante o mandato.
Outros governadores figuram como mais pobres nos registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas não perderam patrimônio, apenas redistribuíram os bens na família. É o caso de Raimundo Colombo (PSD), de Santa Catarina, e Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal.
O governador catarinense, que tinha R$ 1,8 milhão quando se elegeu, agora declara ter R$ 1,4 milhão. A campanha diz que ele abriu uma empresa rural com os filhos, em dezembro de 2010, e ficou com 50% do capital.
A firma, chamada Agronegócios Mãe Rainha, incorporou as propriedades rurais, galpões, tratores e 994 cabeças de gado, que antes eram declarados individualmente pelo governador. “Portanto estes bens permanecem com o Raimundo Colombo, mas agora como participação acionária de 50%”, diz uma nota enviada ao blog pela campanha.
Explicação parecida foi dada pela equipe de Agnelo Queiroz, eleito em 2010 com patrimônio de R$ 1,15 milhão. Na declaração apresentada neste ano, que soma R$ 906 mil, não aparecem na lista itens como quatro imóveis e dois automóveis.
Segundo a campanha de Agnelo, os bens constam da declaração de renda da primeira-dama, Ilze Queiroz, “uma vez que eles são casados em comunhão total de bens”.
Já o conjunto de bens de Tarso Genro (PT-RS) caiu de R$ 2,9 milhões para R$ 2,7 milhões. Sua assessoria informou que o patrimônio do petista diminuiu porque ele usa a poupança para custear despesas pessoais e que também ajudou familiares nesse período.
Veja abaixo a lista completa de governadores que “empobreceram”:
RO: Confúcio Moura (PMDB) – de R$ 8,5 milhões para R$ 6,5 milhões
SC: Raimundo Colombo (PSD) – de R$ 1,8 milhão para R$ 1,4 milhão
DF: Agnelo Queiroz (PT) – de R$ 1,1 milhão para R$ 906 mil
RS: Tarso Genro (PT) – de R$ 2,9 milhões para R$ 2,7 milhões
RR: Chico Rodrigues (PSB) – de R$ 1,9 milhão para R$ 1,7 milhão
AC: Tião Viana (PT) – de R$ 551 mil para R$ 476 mil
RJ: Luiz Fernando Pezão (PMDB): de R$ 271 mil para R$ 252 mil
ES: Renato Casagrande (PSB): de 564 mil para R$ 555 mil