A Copa do ‘arame farpado’ em BH

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PAULO PEIXOTO, DE BELO HORIZONTE

Se depender dos comerciantes próximos ao Mineirão, o clima de Copa em Belo Horizonte parece ser muito mais de medo do que de festa.

Ao contrário de bandeirinhas enfeitando as ruas, o que chama a atenção são comércios e bancos “envelopados” com grades e tapumes (de madeira e de zinco). Há ainda lojas protegidas com arame farpado.

Esse cenário é o legado da Copa das Confederações, disputada no ano passado, quando violentas manifestações, especialmente nos corredores de acesso ao Mineirão, causaram destruição de bancos, concessionárias de veículos, postos de combustíveis e outras lojas comerciais na capital mineira.

O temor não está apenas nos arredores do estádio.

Na região centro-sul, por exemplo, agências bancárias foram totalmente envolvidas por tapumes, impedindo que clientes usem os caixas eletrônicos fora do horário de expediente.