Antes de posar de gaúcho, conheça os dez mandamentos do chimarrão

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PATRÍCIA BRITTO, DE PORTO ALEGRE

“Pegou, tomou, passa pra frente.”

É o que recomendam aos turistas os conhecedores do chimarrão gaúcho que conversaram com o blog no Mercado Público de Porto Alegre, um dos principais pontos de venda da erva-mate na cidade e único lugar onde são encontradas variedades do produto a granel.

No Rio Grande do Sul, o chimarrão é conhecido por promover as famosas “mateadas”, com grupos de amigos compartilhando a mesma cuia para tomar o mate e jogar conversa fora.

Apesar de a erva-mate ser derivada de uma única espécie de planta, a Ilex paraguariensis, são muitas as formas de ela ser processada, o que resulta em variações de sabor: amarga, encorpada, suave…

Quanto mais grossa a moagem, mais forte o gosto. Tem ainda quem prefira misturar a erva com chá ou açúcar, para o desespero dos mais puristas.

Em outros lugares, há variações.

No Paraná e em Mato Grosso do Sul, o mate é servido frio e chamado de tereré. Pode levar limão, hortelã e outros complementos.

No Uruguai, em vez de cuias compartilhadas, cada pessoa tem a sua própria –não só levadas para as rodas de amigos, mas para tudo, trabalho, por exemplo.

Para aprender como preparar o tradicional chimarrão gaúcho, o blog conversou com o jovem ervateiro Roger Righi de Souza, 18, que ensina os truques que aprendeu com a família enquanto vende erva-mate a granel no Mercado Público.

Veja no vídeo abaixo:

 

E antes de sair por aí posando de gaúcho, conheça os dez mandamentos do chimarrão:

1. Não peças açúcar no mate
2. Não digas que o chimarrão é anti-higiênico
3. Não digas que o chimarrão está quente demais
4. Não deixes um mate pela metade
5. Não te envergonhes do ronco do chimarrão
6. Não mexas na bomba
7. Não alteres a ordem em que o mate é servido
8. Não durma com a cuia na mão
9. Não condenes o dono da casa por tomar o primeiro mate
10. Não digas que o chimarrão faz mal